quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Fotografias de Steve McCurry

Menina Afegã

A reportagem mostra o fotógrafo Steve McCurry á procura da rapariga afegã fotografada em junho de 1984 num acampamento de refugiados no Paquistão, capa da National Geographic em 1985. 17 anos depois, o fotógrafo finalmente consegue descobrir a identidade da protagonista, Sharbat Gula.

Fotografias que fizeram História:


Che Guevara
A fotografia de Che Guevara foi tirada pelo fotógrafo Alberto Korda a 5 de Março de 1960 durante o enterro das vítimas de uma explosão. Publicada sete anos depois, foi considerada pelo Instituto de Arte de Maryland (EUA) como "A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX".



Mortalidade Infantil

A fotografia, da autoria do fotógrafo Sudanês Kevin Carter, representa a imagem de uma menina, em estado de desnutrição, caída sobre a terra, esgotada pela fome, enquanto num segundo plano, a figura de um abutre que espera pela morte da criança. A foto tirada na região de Ayod, uma pequena aldeia do Sudão, foi prestigiada com o prémio Pulitzer de fotojornalismo no ano de 1994.



O beijo em Time Square
A 14 de Agosto de 1945 em plena Times Square, Victor Jorgensen captou o beijo de despedida da Guerra. Os protagonistas da imagem não eram um casal, pelo contrário, eram perfeitos desconhecidos que tinham acabado de se cruzar.



A menina Afegã
Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984, num acampamento de refugiados no Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética. A foto foi publicada na capa da National Geography a junho de 1985, mas sem a identificação da protagonista. Durante 17 anos Steve McCurry tentou localizar a jovem, mas só em janeiro de 2002 é que finalmente conseguiu encontrá-la. Sharbart Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é casada e têm três filhos.



A menina do Vietnam
A 8 de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a povoação de Trang Bang no Vietname. Kim Phuc e a sua famíla foram atingidos pelo ataque. Com a roupa a arder em chamas, a menina de noves anos corre desesperada e no momento em que a sua roupa tinha sido consumida, o fotógrafo Nic Ut registou uma das imagens mais conhecidas do mundo. A rapariga ficou hospitalizada durante 14 meses e foi submetida a 17 operações de enxerto de pele. Actualmente, Kim Phuc reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", uma organização que ajuda crianças vítimas da guerra, e é embaixadora da UNESCO.


A agonia de Omaya
Em 1985 a povoação de Armero, na Colômbia, ficou desvastada por uma erupção do vulcão Nevado do Ruiz. Omayra Sanchez ficou três dias coberta de lodo, enterrada na água, presa aos restos da sua própria casa e aos corpos dos seus pais. Quando os paramédicos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível salvá-la, já que ao retirá-la da água precisavam de amputar-lhe as pernas, e a falta de um especialista na cirurgia resultaria na sua morte. Omayra mostrou-se forte até ao último momento da sua vida, mantendo-se ocupada a pensar no regresso ao colégio e nas brincadeiras com os seus amigos. A imagem registada pelo fotógrafo Frank Fournier deu a volta ao mundo e originou uma contorvérsia a respeito da indiferença do Governo Columbiano a respeito das vítimas da catástrofe.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Deficiência não é sinónimo de obstáculo

O fotógrafo americano Kevin Connolly, que nasceu sem pernas, é um exemplo de que nem sempre a deficiência física é um obstáculo para se fazer o que quer que seja.Connolly, de 23 anos, viajou por 15 países em cima de um skate com o objectivo de registar o olhar das pessoas sobre a sua condição física. A ideia de fazer as fotos surgiu depois de se sentir incomodado com os olhares das pessoas durante uma viagem que realizou pela Europa.




Algumas das fotografias registadas por Kevin Connolly podem ser consultadas no seguinte site:
http://www.therollingexhibition.com/

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Oliviero Toscani


Oliviero Toscani é um famoso publicitário e fotógrafo italiano, autor dos célebres e polémicos outdoors da Benetton. SIDA, guerra, racismo, ecossistema, sexo, religião são os temas com que Toscani trabalha nas suas mensagens, temas sempre apresentados de forma esteticamente muito intensiva e radical e em suporte fotográfico, que chocam e provocam inúmeras polémicas provenientes dos mais variados sectores. O beijo entre um padre e uma freira, uma mulher negra que amamenta uma criança branca, uma recém-nascida com o cordão umbilical, um moribundo de SIDA, uma nuvem de preservativos, as cruzes de um cemitério são algumas das suas fotos mais conhecidas. O mais recente dos seus trabalhos foi a imagem de Nolita (Isabelle Caro), uma modelo anoréctica de 1,65 cm de altura e 31 kg, que devido á forte polémica já foi retirada do mercado.

Depois de no ano de 1992 ter chocado o mundo com a imagem de um jovem a morrer com sida, em 1993, Oliviero entra em acção com uma série de corpos carimbados HIV positivo.


Perfil:
Nome: Oliviero Toscani
Nascimento: Milão, 28 de fevereirode 1942
Profissão: Estudou Fotografia e Design e é o criador de campanhas para muitas marcas de renome mundial como a Valentino, a Chanel, ou a Benetton. Já trabalhou para televisão e cinema, dá aulas em duas universidades e é autor de vários livros sobre comunicação. Actualmente dedica-se à criação de novas linguagens para diferentes meios.


A imagem de Nolita tornou-se de tal forma polémica, que a campanha foi retirada do mercado.


Entrevista:
Quem é que adoraria de fotografar?
Sempre gostei de me fotografar a mim mesmo. Gostaria de me fotografar a mim mesmo morto.

Recentemente fez a campanha da Nolita com uma mulher anoréctica. Usa as suas campanhas publicitárias para fins humanitárias e para alertar problemas sociais ou pretende apenas ser transgressivo?
Apenas faço o meu trabalho e documento a realidade. Há anos que me preocupo com a anorexia. Acho fantástico que um grupo de moda como a Nolita tenha coragem de lidar com esta praga moderna.Como é que se sentiu quando a fotografou?Sou apenas um repórter, um observador dos nossos tempos.

Tem sido muito criticado com esta fotografia chocante. O que é que pretendia alcançar com estas imagens? Já antecipava a reacção polémica das pessoas?
É obvio que as criticas vieram, e ainda bem, é a partir daí que se gera a discussão. Eu nunca procurei nem procuro o consenso.

Este tipo de campanhas que apelam á consciencialização, são as campanhas do futuro? Provavelmente, mas acredito que se queremos compreender o futuro, teremos de começar por viver o presente.

Que outros temas tem em mente para projectos futuros?
Gostaria de fazer uma campanha para a eliminação da televisão.

Entrevista retirada da edição de Dezembro da Revista N'Style

Algumas das fotografias de Oliviero Toscani para a Benetton:



domingo, 24 de fevereiro de 2008

Exposição de Gérald Bloncourt no Museu Berardo

Cerca de meia centena de fotografias inéditas de Gérald Bloncourt sobre a vida dos emigrantes portugueses em França, tiradas a partir dos anos 50, vai estar em exposição no Museu Colecção Berardo até dia 18 de Maio.A exposição «Por uma Vida Melhor», mostra o quotidiano de miséria nos bairros de lata da comunidade de emigrantes portugueses em França, entre os anos cinquenta e setenta – do lavar da roupa à leitura do jornal, da partida para o trabalho às festas.Gérald Bloncourt, actualmente com 81 anos, nasceu no Haiti em 1926, país que o expulsou por razões políticas, passando a residir em França, onde começou uma carreira como fotógrafo ao mesmo tempo que continuou a lutar no exílio contra a ditadura haitiana.
A partir do final dos anos 50, milhares de trabalhadores portugueses entraram em França fugidos da ditadura de Salazar, ou das más condições de vida em Portugal, para tentar a sua sorte naquele país. Instalados em bairros de lata, sobretudo em Champigny e em Saint-Denis, em condições de miséria, os emigrantes começaram a organizar-se e a denunciar a sua situação junto da imprensa militante, a exemplo de La Vie Ouvrière. É quando o jornalista e fotógrafo Gérald Bloncourt se põe a seguir a sua vida, começando a empenhar-se em denunciar as más condições de vida dos emigrantes. Mais tarde, o fotógrafo virá a seguir os emigrantes em Portugal, chegando a passar clandestinamente com eles as fronteiras, lidando de perto com o medo de serem presos ou de morrerem por falta da força necessária para percorrer centenas de quilómetros a pé.
As fotografias de Gérald Bloncourt contribuíram para alertar a opinião pública na época, gerando um movimento de solidariedade que pressionou o poder político.

http://www.bloncourt.net/

http://www.museuberardo.com/

sábado, 23 de fevereiro de 2008

World Press Photo

O World Press Photo é uma organização independente Holandesa fundada em 1955, com a missão de apoiar profissionais de fotojornalismo. É conhecida por realizar anualmente a maior e mais prestigiada premiação de fotografia do mundo. As fotografias vencedoras são reunidas numa exposição que percorre 40 países e os trabalhos premiados são publicados num livro em seis idiomas diferentes.
A fotografia vencedora deste ano á da autoria do fotógrafo britânico Tim Hetherington, que mostra um soldado americano encostado num bunker a descansar, no Afeganistão. A imagem, capturada foi tirada em 16 de setembro de 2007 durante uma viagem ao Afeganistão para realizar um trabalho para a revista Vanity Fair.















Worl Press Photo premeia Miguel Barreira


























O voo do bodyboarder Jaime Jesus no mar da Nazaré valeu a Miguel Barreira o terceiro lugar do World Press Photo 2007 na categoria de desporto.

O repórter fotográfico do diário desportivo Record, Miguel Barreira, foi prestigiado no World Press Photo 2007 na categoria de Desporto, com a imagem de Jaime Jesus no Nazare Special Edition 2007.
A fotografia premiada em 3º lugar mostra o bodyboarder Jaime Jesus, de 20 anos, no centro de um turbilhão de ondas, na Praia do Norte, Nazaré, durante o Nazaré Special Edition, a 16 de Dezembro de 2007.
Miguel Barreira é o segundo português a conseguir este reconhecimento. O primeiro foi Eduardo Gageiro, em 1974, com uma fotografia do general António Spínola.
O primeiro prémio na categoria de "Sports Action" da World Press Photo 2007 foi atribuído a Ivaylo Velev, da Bulgária, que captou a imagem de um esquiador a fugir de uma avalanche em França. O World Press Photo é considerado um dos mais importantes prémios de reconhecimento do trabalho dos repórteres fotográficos.
Este Blogue é dedicado sobretudo ao mundo da fotografia: Fotógrafos, Técnicas Fotográficas, Exposições, Prémios, Concursos, e muitas fotografias, antigas ou modernas, a preto e branco ou sépia.
Sejam Bem-Vindos ao Mundo da Fotografia!