sábado, 26 de abril de 2008

Fotografias de Yuri Kozyrev

Entrevista - Yuri Kozyrev

Há seis anos que Yuri Kozyrev vive a maior parte do tempo em Bagdade, fotografando para a "Time" as várias faces da guerra. No século XXI, ele é um jornalista de causas, algo pouco compatível com o capitalismo aplicado aos "media".

Como é que decidiu ser fotojornalista?
Nunca pensei ser jornalista, embora o curso de jornalismo tenha sido a opção mais natural tendo em conta que a minha mãe e o meu irmão eram jornalistas. Estava à procura do que fazer com a vida e achava aborrecido escrever. Mas acabei por encontrar pessoas que me ajudaram a descobir a melhor maneira de me expressar, como Yevgeny Khalder, o melhor fotógrafo russo. Ele fez a II Guerra Mundial, do lado russo, foi fotógrafo de Estaline, e uma das suas fotografias mais famosas é dos russos no topo do Reichtag. Nunca me deiou entrar no laboratório dele, mas tivemos longas conversas. Khaldey deu-me a primeia câmara fotográfica e o dinheiro para poder viajar.

Quais foram as primeiras histórias que fez?
Pequenos conflitos na URSS. Tive a sorte de viver e assistir a mudanças incríveis. Na primeira guerra da Tcetchénia era muito inocente e trabalhei da maneira errada: visitava os sítios, tentava captar o assunto, mas não havia um compromisso com o que estava a fazer. Na segunda, sabia exactamente o que queria, mesmo que ninguém quisesse publicar as minhas fotografias.

Considera-se um fotógrafo de guerra?
Nunca, porque considero que um fotógrafo de guerra é aquele que trabalha para e com os militares. Nunca toquei numa arma e não faço segredo de que sou fotógrafo. Ando sempre com a minha câmara. Alguns jornalistas usam uma espécie de uniformes tipo militar ou roupa local. Não me parece uma boa ideia. Somos jornalistas e temos de ter bem claro qual é o nosso trabalho. Sou uma pessoa realmente pacífica.



Na imagem, homens que protegem guerrilheiros da Al-Qaeda fazem uma das cinco orações do dia em Pakitika, perto de uma base militar norte - mericana (Yuri Kozyrev - Março 2004)

Fonte: Actual, Expresso, 12 Abril 2008

Yuri Kozyrev

Yuri Kozyrev é um dos fotógrafos que mais tem mostrado a realidade do Iraque ao mundo após a invasão americana. Desde Setembro de 2002 que viaja por todo o país, fotografando os diferentes lados do conflito. As suas fotografias são publicadas regularmente pela revista "Time". Para além da "Time", também colabora com a agência Noor.
De origem Russa, Kozyrev, nascido em 1963, já foi premiado quatro vezes no World Press Photo pelas suas fotografias na Chechénia, Iraque e Beslan. Entre outras distinções, recebeu o Prémio Overseas Press Club Oliver Rebbot e o Internacional Center of Photography Infinity, pela cobertura da Guerra do Iraque.

sábado, 19 de abril de 2008

Microsoft dá primeiro prémio em fotografia

Ângela Almeida, de 41 anos, foi a grande vencedora do primeiro Prémio de Fotografia Ambiental organizado pela Microsoft.
A fotografia vencedora, selecionada entre 236 fotografias levadas a concurso, representa o voo das aves sob o rio.
Natural de Lisboa, Ângela dá formação em Multimédia, Design Gráfico e História da Arte no Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado (CFPIC) em S. João da Madeira.
Com várias exposições colectivas no currículo, Ângela, anda sempre com a objectiva atrás, não dispensando uma boa oportunidade para registar as melhores paisagens e expressões humanas.
Ao grande vencedor do Prémio de Fotografia da Microsoft foi-lhe atribuído uma máquina Cânon EOS 350D e ainda a assinatura da revista "O Mundo da Fotografia Digital".
"...um lugar mágico...", Ângela Almeida

2007... visto pelos fotógrafos da Reuters

A agência Reuters reuniu as melhores imagens que ilustram o ano 2007. As fotografias podem ser vistas no seguinte site: http://static.publico.clix.pt/docs/cultura/fotosreuters2007/index.html

sábado, 5 de abril de 2008

Conferência de Fotojornalismo

Os membros do júri do Prémio fotojornalismo VISÃO/BES 2008, Jean - François Leroy, Yuri Kozyrev, Philip Blenkinsop, Nöel Quidu e Susan Smith, partilham com o público as suas experiências numa conferência de entrada livre, hoje, às 16 horas, no Museu da Electricidade em Lisboa.

Augusto Brázio é o grande vencedor do prémio de fotojornalismo VISÃO/BES 2008

O fotógrafo freelance Augusto Brázio, de 41 anos, foi o grande vencedor da oitava edição do prémio de fotojornalismo VISÃO/BES. A fotografia vencedora mostra uma jovem de 19 amos, assistida pelo INEM e deitada numa ambulância a caminho do hospital, depois de ter tido, em casa, o terceiro filho.


Grande Prémio - Augusto Brázio

De entre 227 fotógrafos, com 6848 fotografias, a mesma imagem vence também na categoria de Notícias. Foram ainda atribuídas três menções honrosas nesta categoria, a Hernâni Pereira do Diário de Notícias, Mário Proença da World Picture News e Pedro Correia do Jornal de Notícias.
O prémio Reportagem do Quotidiano foi para as fotografias de Rodrigo Cabrita, do Diário de Notícias, tiradas entre a Comunidade Vida e Paz, instituição que tira da rua os sem-abrigo para lhes dar formação profissional. João Carvalho Pina da Kameraphoto e Paulo Duarte da Agência ½ de Formato receberam menções honrosas.

Categoria de Reportagem do Quotidiano - Rodrigo Cabrita

Por sua vez, na Reportagem Noticiosa o premiado foi João Carvalho Pina, Kameraphoto, autor de uma reportagem fotográfica com soldados norte-americanos durante operações militares na província de Paktya, no Este do Afeganistão. O freelancer Gonçalo Lobo Pinheiro obteve a menção honrosa nesta categoria.
O prémio Vida Quotidiana foi para Bruno Simões Castanheira, Jornal de Notícias, com a foto de uma iniciativa para ajudar as crianças a perderem o medo de ir ao médico no Hospital Dona Estefânia. As menções honrosas couberam aos freelancer, Artur Vaz Oliveira e Paulo Maria.

Categoria Vida Quotidiana - Bruno Simões Castanheira

O prémio da categoria Retrato foi atribuido a Vasco Neves, do Diário de Notícias, com uma fotografia do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, quando o Palácio de Belém abriu as portas ao público. Daniel Rocha e Enric Vives-Rubio, ambos do Público, foram distinguidos com menções honrosas.

Categoria de Retrato - Vasco Neves

Nacho Doce da agência Reuters venceu a categoria Espectáculo com a imagem de um ensaio para o espectáculo de dança “Dido e Aeneas”. As menções honrosas couberam a Ângela Mendes Ferreira e Filipe Paiva, ambos freelancer.
Na categoria Desporto, o vencedor é Nicolas Asfouri, da agência France Presse com uma fotografia da Red Bull Air Race no Porto. António Pedro Santos do Sol e Luís Efigénio, freelancer, receberam menções honrosas.



Categoria Desporto - Nicolas Asfouri

Por fim, o Prémio Natureza coube a Eduardo Barrento, freelancer, com um retrato nocturno de uma família de mochos escondidos numa árvore. As menções honrosas vão para Alfredo Cunha, Jornal de Notícias, e José Luís Pereira Jorge, freelancer.
Os vencedores das categorias recebem 2 500 euros cada, enquanto o Grande Prémio é distinguido com 15 000 euros, valor pecuniário superior ao do World Press Photo.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Fotojornalismo

O Fotojornalismo é um ramo do jornalismo que descreve os acontecimentos mais relevantes da actualidade por meio da linguagem fotográfica.
A fotografia, a preto e branco ou a cores, deve transmitir toda a informação numa única imagem, sem necessitar do auxílio da escrita.

Imagens de Fotojornalismo retiradas do site Olhares:

"Rio de Janeiro" de Breno Fortes

"Familia real" de Hugo Delgado

"De regresso a casa" de Sérgio Afonso

"Bad day great colour" de Nuno Lobito

"Salvando vidas" de António Leudo

http://olhares.aeiou.pt/