Há seis anos que Yuri Kozyrev vive a maior parte do tempo em Bagdade, fotografando para a "Time" as várias faces da guerra. No século XXI, ele é um jornalista de causas, algo pouco compatível com o capitalismo aplicado aos "media".
Como é que decidiu ser fotojornalista?
Nunca pensei ser jornalista, embora o curso de jornalismo tenha sido a opção mais natural tendo em conta que a minha mãe e o meu irmão eram jornalistas. Estava à procura do que fazer com a vida e achava aborrecido escrever. Mas acabei por encontrar pessoas que me ajudaram a descobir a melhor maneira de me expressar, como Yevgeny Khalder, o melhor fotógrafo russo. Ele fez a II Guerra Mundial, do lado russo, foi fotógrafo de Estaline, e uma das suas fotografias mais famosas é dos russos no topo do Reichtag. Nunca me deiou entrar no laboratório dele, mas tivemos longas conversas. Khaldey deu-me a primeia câmara fotográfica e o dinheiro para poder viajar.
Nunca pensei ser jornalista, embora o curso de jornalismo tenha sido a opção mais natural tendo em conta que a minha mãe e o meu irmão eram jornalistas. Estava à procura do que fazer com a vida e achava aborrecido escrever. Mas acabei por encontrar pessoas que me ajudaram a descobir a melhor maneira de me expressar, como Yevgeny Khalder, o melhor fotógrafo russo. Ele fez a II Guerra Mundial, do lado russo, foi fotógrafo de Estaline, e uma das suas fotografias mais famosas é dos russos no topo do Reichtag. Nunca me deiou entrar no laboratório dele, mas tivemos longas conversas. Khaldey deu-me a primeia câmara fotográfica e o dinheiro para poder viajar.
Quais foram as primeiras histórias que fez?
Pequenos conflitos na URSS. Tive a sorte de viver e assistir a mudanças incríveis. Na primeira guerra da Tcetchénia era muito inocente e trabalhei da maneira errada: visitava os sítios, tentava captar o assunto, mas não havia um compromisso com o que estava a fazer. Na segunda, sabia exactamente o que queria, mesmo que ninguém quisesse publicar as minhas fotografias.
Pequenos conflitos na URSS. Tive a sorte de viver e assistir a mudanças incríveis. Na primeira guerra da Tcetchénia era muito inocente e trabalhei da maneira errada: visitava os sítios, tentava captar o assunto, mas não havia um compromisso com o que estava a fazer. Na segunda, sabia exactamente o que queria, mesmo que ninguém quisesse publicar as minhas fotografias.
Considera-se um fotógrafo de guerra?
Nunca, porque considero que um fotógrafo de guerra é aquele que trabalha para e com os militares. Nunca toquei numa arma e não faço segredo de que sou fotógrafo. Ando sempre com a minha câmara. Alguns jornalistas usam uma espécie de uniformes tipo militar ou roupa local. Não me parece uma boa ideia. Somos jornalistas e temos de ter bem claro qual é o nosso trabalho. Sou uma pessoa realmente pacífica.
Nunca, porque considero que um fotógrafo de guerra é aquele que trabalha para e com os militares. Nunca toquei numa arma e não faço segredo de que sou fotógrafo. Ando sempre com a minha câmara. Alguns jornalistas usam uma espécie de uniformes tipo militar ou roupa local. Não me parece uma boa ideia. Somos jornalistas e temos de ter bem claro qual é o nosso trabalho. Sou uma pessoa realmente pacífica.

Na imagem, homens que protegem guerrilheiros da Al-Qaeda fazem uma das cinco orações do dia em Pakitika, perto de uma base militar norte - mericana (Yuri Kozyrev - Março 2004)
Fonte: Actual, Expresso, 12 Abril 2008
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